segunda-feira, 8 de abril de 2019

SAUDE É VIDA


Introdução
Adquirir, formar e construir uma família é comparado a uma construção, não importa o tamanho que seja, mas, a qualidade deve ser a melhor. Por exemplo, para construir uma casa ou um prédio é necessário um estudo minucioso referente à estrutura e a qualidade do solo que a qual onde vai construir o imóvel. O tipo e qualidade dos materiais para construir, as tabelas para medir a quantidade dos produtos que será usado na construção edctas...
 Assim é a formação de uma família. Tanto o Homem, tanto a mulher, deve minuciosamente estar atento nas escolhas de seus pares para iniciar a construção de uma família.  É preciso que, o homem e a mulher saibam separar as vontades das qualidades educacionais necessárias que devem ser encontradas em ambos que possa iniciar uma família com estrutura religiosa sólida, estrutura físicos saudável, portanto jovens que casam com pessoas de sangue  incompatíveis ou com grau de parentescos próximos tem causados enormes danos nas famílias vindo nascer muitas crianças deficientes. Portanto é necessário que quando alguém estiver querendo escolher seus pares para efetuarem um casamento entre duas pessoas de sexo oposto é necessário rever bem este tipo de disparidade. 
Deus, Pai, Filho e o Espírito Santo, em sua infinita sabedoria, bondade e misericórdia, criou o céu e a terra, e tudo o que já existiu e o que ainda existe, onde o homem não conseguiu destruir com sua imensurável ignorância e rebeldia.  Após ter feito o universo, resolveu fazer o homem, a sua imagem e sua semelhança. E disse Deus;
”Façamos o homem a nossa imagem, conforme semelhança; domine sobre os peixes do mar, sobre as aves do céu, e sobre o gado, e sobre toda a terra, e sobre todos os répteis que se movem sobre a terra”. Gêneses 1. 26(ARC 95).
            Após fazer o homem, Deus viu que o homem necessitava  de um lugar adequado para sua residência e assim sucedeu.
 ”Então plantou o Senhor Deus um jardim, da banda do oriente, no Éden; e pôs ali o homem que tinha formado”. Gêneses 2.8(A R C 95).
            O Jardim no Éden estava, com certeza, esplendido e maravilhoso, mas, ainda faltava algo que deveria ser de grande utilidade para o homem e os demais seres vivos. Os animais que iriam residirem naquele local, portanto, Deus o criador de todas as coisas resolve dar continuidade em sua obra criando o Sistema Fluvial terrestre no Jardim no Éden.
“E saiu um riu no Éden para regar o Jardim; e dali se dividia e se tornava em quatro braços.
O nome do primeiro é Pisom; este é o que rodeia toda a terra de Havilá, onde há ouro.
E o ouro dessa terra é bom; ali há o bdélio e a pedra sardônica.
E o nome do segundo rio é Giom; este é o que rodeia toda a terra de Cuxe.
E o nome do terceiro rio é; Hidequel; este é o que vai para a banda do oriente da Assíria; e o quarto rio é o do Eufrates. Gêneses 2.10 – 14(A R C  95).
Após ter Deus organizado todo o jardim no éden e dar posse ao homem que havia criado começaram observar seu comportamento. Vendo que o homem sentia – se só, não havia com quem trocar ideais, experiências. Deus vendo esse desajuste afetivo na vida do homem que havia criado, com certeza reuniu seu Conselho Eclesiástico celestial para procurar solucionar o impasse. Deus resolveu fazer ou (criar) uma companheira etc. a Bíblia diz que Deus fez cair o homem que havia criado em um profundo sono, com certeza em nossa linguagem atual diríamos que Deus juntamente com sua equipe médica celeste preparou Adão o nome dado por Deus ao homem que havia criado, aplicado uma anestesia e a partir daí fizeram a cirurgia tirando uma de suas costelas para criar uma companheira para auxiliá-lo em todos seus afazeres na terra com diz as Escrituras:
   “Então, o Senhor Deus fez cair um sono pesado sobre Adão, e este adormece; e tomou uma das suas costelas e cerrou a carne em seu lugar.
E da costela que o Senhor Deus tomou do homem formou uma mulher, e trouxe a Adão.
E disse Adão: Esta é agora osso dos meus ossos e carne da minha carne; esta será chamada varoa, porquanto do varão foi tomada.
Portanto deixará o varão o seu pai e a sua mãe e apegar – se – á sua mulher, e será ambos, uma só carne. Gêneses 2.21 – 24(A R C 95).
Baseado nesses dados apanhados de pesquisas contidas na Teoria do Criacionismo, onde Deus é o verdadeiro criador, e autor de todas as coisas no universo, tanto como seres vivos animais e vegetais e tudo o que existe no universo, podemos afirmar que a “família” é a base principal do existencialismo sólido ou não da formação de uma sociedade. Portanto tudo dependerá de como será conduzida a educação dos primeiros membros que surgirão das famílias.  
Baseado em dados Bíblicos contido na existência da Teoria do Criacionismo a família só poderá ter inicio com a união de dois seres vivos racionais, e, no entanto, é necessário que cada um dos cônjuges saiba corretamente como conduzirem estratégias ou formas de como ensinar seus filhos, meios de como sobreviverem na sociedade de forma justa e honestas, que não venham denegrir direitos sociais dos seus próximos, não denegrindo sua forma de viver e seu caráter já formado ou adquirido através dos aprendizados adquiridos de seus pais.
Ter uma família, não significa apenas que dois seres humano do sexo oposto possa unir-se, para reproduzirem e ter filhos. Que o homem a mulher mantenham suas responsabilidades sexual, que sejam protetores, dando comida, roupas e vestimentas, a seus filhos, vai muito, além disso. Para formar uma família onde seus membros possam ter conhecimento de suas responsabilidades sociais e religiosa é necessário que ambos os cônjuges dêem exemplo em tudo, tanto nas responsabilidades sociais dentro e fora do lar, no meio social tanto religioso em que compartilham. Portanto, educar é totalmente responsabilidade da família e não da escola ou da igreja onde compartilham.       

CAPITULO 1

1.     A FAMILIA

            Como já havia comentado na introdução deste conteúdo literário, surgem os primeiros registros históricos sobre um acontecimento inesquecível que jamais deverá ser esquecido. O registro da formação da primeira família no universo, onde Deus o criador de todas as coisas disse:
“E disse Deus: façamos o homem a nossa imagem, conforme a nossa semelhança; e domine sobre os peixes do mar, e sobre as aves do céu, e sobre o gado, e sobre toda a terra, e sobre todo o réptil que se move sobre a terra.” Gêneses 1.24(A R C 95).
Após haver feito o homem e todas as coisas necessárias para prover sua sobrevivência, e entregar a ele o Jardim no Éden onde o havia plantado para ele, Deus agora toma uma de suas costelas para fazer uma esposa para ele, para que não o continuasse só no lugar onde o morava. “E nisto “inicia a primeira instituição criada por Deus na terra” A Família”.
Portanto deixará o homem a seu pai e a sua mãe, e unir-se-á à sua mulher, e será uma só carne.  Gêneses 2.24(A R C 95).
Um jovem e uma jovem, para preparar e iniciar sua união conjugal o casamento é necessário observar minuciosamente como deverá acontecer esta união o casamento, primeiramente tudo o que for ser feito buscar conselhos em primeiro lugar ao criador “Deus” e os seus pais que já viveram muitas experiências no decorrer da vida. Os cônjuges interessados a unir – se em matrimonio deverão avaliar todas as coisas, pedindo a direção do Espírito Santo de Deus, para que não venha terem  constrangimentos futuros, onde à maioria dos jovens, pensão que casamento é apenas manterem suas atrações e desejos sexuais. O casamento vai muito alem desses argumentos, casar é como construir um edifício, primeiro o engenheiro avalia o solo, depois os materiais para construí-lo, depois a estrutura, como deve ser feita, o solo, se realmente pode suporta o peso da construção, a dedicação dos construtores para que possa realizar uma obra com perfeição, tudo isso depende exclusivamente de quem está na liderança desta construção. A família com certeza deve ser o alicerce solido de uma sociedade, se assim não for a sociedade não subsistirá. Assim é efetuada o inicio de uma família e sua construção no decorrer do ciclo vital dos membros familiares.
Todo aquele, pois, que escuta estas minhas palavras, e as pratica, assemelhá-lo-ei ao homem prudente, que edificou a sua casa sobre a rocha;
E desceu a chuva, e correram rios, e assopraram ventos, e combateram aquela casa, e não caiu, porque estava edificada sobre a rocha.
E aquele que ouve estas minhas palavras, e não as cumpre, compará-lo-ei ao homem insensato, que edificou a sua casa sobre a areia;
E desceu a chuva, e correram rios, e assopraram ventos, e combateram aquela casa, e caiu, e foi grande a sua queda.
E aconteceu que, concluindo Jesus este discurso, a multidão se admirou da sua doutrina; Porquanto os ensinava como tendo autoridade; e não como os escribas. Mateus 7: 24-29 (A R C 95).

1.1   – O PAPEL DO PAI NA FAMILIA.
Os pais têm o sagrado dever de criar os filhos com amor e retidão, atender a suas necessidades físicas e espirituais. Essa sagrada obrigação, que nos é dada pelo Senhor, é o trabalho mais importante que um pai pode realizar, nenhum outro sucesso pode compensar o fracasso no lar. É na família que os filhos devem receber cuidados e os princípios eternos serem ensinados. “A parte mais importante da obra do Senhor é a que realizamos dentro de nosso próprio lar. Nenhum outro professor pode exercer tamanha influência sobre nossos filhos como nós, pais. Por essa razão, precisamos ensinar nossos filhos por meio de nosso exemplo e palavras. É-nos prometido que se nós, nossa esposa e filhos formos selados no templo e vivermos fielmente os princípios do evangelho, poderemos viver juntos como famílias eternas no reino celestial.
Como pais, é nosso dever suprir as necessidades temporais de nossa família. A fim de suprirmos essas necessidades de nossa família, devemos: 
Ter um trabalho honesto.. 
Fazer um orçamento dos recursos familiares juntamente com nossa esposa.. 
Ensinar nossos filhos a trabalhar.
Fazer um programa de produção e armazenamento doméstico.
As escrituras nos ensinam que aquele que pode trabalhar, mas não o faz  está transgredindo a palavra de Deus;
Nem de graça comemos o pão de homem algum, mas com trabalho e fadiga, trabalhando noite e dia, para não sermos pesados a nenhum de vós.
O marido, juntamente com sua esposa, deve organizar o orçamento familiar. Sua renda não é somente sua, ela pertence a toda família. Ele tem a responsabilidade de verificar se as necessidades financeiras de cada membro da família estão sendo satisfeitas, e não somente as suas próprias. Quando ele dá o melhor de si para prover as necessidades temporais de sua família, O Senhor o abençoará, e sua esposa e filhos estarão aptos a exercerem seus papéis na família.
Ensinai a criança no caminho em que deve andar; e ainda quando for velho não desviará dele. Provérbios 22:6.
1.2   – O PÁPEL DA MÃE NA FAMILIA.
Educar os filhos é a grande missão que Deus confiou aos pais. É por causa da importância dessa tarefa, que nos deu o Quarto Mandamento: “Honrar pai e mãe. Sem a educação dos pais os filhos se perdem; é por isso que as nossas cadeias estão cheias de jovens e a droga consome a muitos, além do mundo do crime.
“Nada é tão grande neste mundo como construir um ser humano”. As máquinas acabarão um dia, mas o nosso filho jamais.
É pela educação que o ser humano conquista e desenvolve as suas faculdades mentais; e Deus quis que isso fosse feito antes de tudo pelos pais e, de modo especial, pela mãe. “Hoje, sobretudo, quando muitas mães são obrigadas a criar só os filhos, porque, são órfãos de pais vivos”, essa missão se torna mais importante e árdua ainda. Nesse caso, o papel da maternidade tem sua importância triplicada, porque ela [mãe] tem de desempenhar o papel do pai e de mãe.
Os maiores transtornos de comportamento social e dificuldade na aprendizagem é conseqüente de separação de pais despreparados que se quer tinham o mínimo de estrutura para assumir uma responsabilidade conjugal, eles obtiveram a união entre ambos apenas por opção atracional como dizem, não exercendo o papel de pai que vai muito além, mas o papel de reprodutores sem se que um resíduo de formação do caráter moral e cristão.
.Educar é colaborar com Deus, e é na educação dos filhos que se revelam as virtudes dos pais.
Educar é promover o crescimento e o amadurecimento da pessoa humana em todas as suas dimensões: material, intelectual, moral e religiosa. Por isso, educação não se recebe só na escola, mas principalmente em casa. Às vezes se ouve alguém dizer: “Ele é analfabeto, mas é muito educado”. Não adianta ser doutor e não saber tratar os outros como gente; não saber cumprir com a palavra dada; não se comportar bem; trair a esposa e os filhos; não ser gentil; não ser afável, etc. Sem dúvida, a educação é a melhor herança que os pais devem deixar aos filhos; esta ninguém pode lhes roubar nem destruir.
O livro do Eclesiástico, capítulo 30: 1, ensina aos genitores: “Aquele que ama o seu filho, corrige-o com freqüência, para que se alegre com isso mais tarde”.
A educação visa, principalmente, sobretudo colocar o homem no caminho do bem e da virtude, do qual ele sempre tende a se desviar. É aos pais que cabe, sobretudo, dar início a essa tarefa na vida dos filhos.
A tarefa de educar é exclusivamente responsabilidade do pai e da mãe através de exemplo prático demonstrando seu caráter cristão já existente para que seus filhos possam espalhar em suas qualidades assim formando um conjunto de valores para poder vier na sociedade cristã e pública
O povo diz que atrás de um grande homem há sempre uma grande mulher, mas é preciso não esquecer que “esta mulher”, mais do que a esposa, é a mãe. Ela tem por obrigação cumprir com suas responsabilidades que é proposta na Palavra de Deus.
É no colo da mãe que a criança precisa aprender o que é a fé, aprender a rezar e a amar a Deus e as pessoas. É no colo da mãe que o homem de amanhã deve aprender o que é a retidão, o caráter, a honestidade, a bondade, a pureza de coração.
É no colo da mãe que a criança aprende a respeitar as pessoas, a ser gentil com os mais velhos, a ser humilde e simples e não desprezar ninguém.
É no colo da mãe que o filho aprende a caridade, a vida pura da castidade, o domínio de todas as paixões desordenadas e a rejeitar todos os vícios.
É a mãe, com seu jeito doce e suave, que vai retirando da sua plantinha que cresce a erva daninha da preguiça, da desobediência, da má-criação, dos gestos e palavras inconvenientes. É ela que vai lhe ensinando a perdoar, a superar os momentos de raiva sem revidar, a não ter inveja dos outros que têm mais bens e dinheiro. No entanto para que ela possa construir tudo isso no interior de seu filho é preciso que dê exemplo na pratica do dia a dia para seus filhos para que os mesmos possam passar a imitá-la como disse o Apostolo Paulo: sede meus imitadores, como também eu sou de Cristo; 1ª Coríntias 11:1(A R C 95).
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É a mãe que nas primeiras tarefas do lar lhe ensina o caminho redentor do trabalho e a responsabilidade.
Até o Filho de Deus quis precisar de uma Mãe para cumprir a Sua missão de salvar a humanidade; e Ele fez o Seu primeiro milagre nas Bodas de Caná exatamente porque Ela lhe pediu. Por isso, cada mãe é um sinal de Maria, que ensina seu filho a viver de acordo com a vontade de Deus.
Neste mundo, às vezes perverso, que penetra sorrateiro em nossas casas e insiste numa sistemática pregação de antivalores por algumas TVs, mais do que nunca é necessário uma mãe atenta para combater tudo aquilo que prejudica a educação dos seus filhos.
Mais do que nunca ela precisa saber conquistá-los, não por aquilo que lhes dá, mas por aquilo que é para eles: amiga de todas as horas, consoladora. Saiba sempre corrigir o seu filho, mas que nunca seja com grosseria, com gritos ou com humilhações. E jamais o faça na frente dos outros.
Se você conquistar o seu filho a ponto de ele ter um sagrado orgulho de tê-la como sua mãe, então, você poderá fazer dele o que desejar.
A CONSTRUÇÃO DO AMOR NO LAR.
 1 - Uma das realidades mais importantes da vida de cada um de nós é a família: a  família de que proviemos,  a família em que vivemos a família que gostaríamos que nossos filhos constituíssem.  Não se pode viver sem que pertença a uma precisa família, que chamamos de nossa família. Ela constitui nossa identidade e diz a quem pertencemos. É uma realidade absoluta: uma coisa é a  família antes da chegada dos filhos, outra com  filhos pequenos, diferente da família com adolescentes e jovens, depois a  casa vazia quando  os filhos partem para estudar ou se casam,  casal sozinho, tempo da viuvez, tempo dos netos, famílias  desfeitas e refeitas.  Família que é comunhão de vida e de amor, lugar de encontro, espaço de crescimento como pessoa e como seguidor de Cristo conhece também sombras:  fragilidade do vínculo,  multiplicação das uniões consensuais,  fenômeno do mãe/e/ou/pai, solteirismo, desemprego, questões ligadas à sexualidade do casal e dos filhos, drogas, dificuldade de  formação de personalidades maduras e cristãs.   Por detrás de tudo o que acabamos de elencar está o casal. E é sobre ele que queremos nos debruçar neste tema.  O casal não acontece sem empenho. Lya Luft  fala que o casal feliz é aquele em que ele e ela se escolheriam novamente, cada dia.  Somos obrigados a reconhecer que um sem número de casados   viveram e vivem como que justapostos sem serem efetivamente casais, na realidade casais solteiros.  Um dos maiores benefícios que a Pastoral Familiar pode prestar aos homens e mulheres é o de ajudar os casais a serem casais de fato casais.
2. O mistério do casal – O livro do Gênesis, nas suas primeiras páginas, fala da criação do mundo, do homem e da mulher. Adão percorre com o olhar tudo o que o Senhor colocara diante dele.  Experimenta uma sombra de tristeza meio melancólica.  Não encontra ninguém igual a ele.  Não acha auxiliar que lhe correspondesse. “Então o  Senhor  Deus  fez cair um torpor sobre o homem, e ele dormiu. Tomou uma de suas costelas e fez crescer carne em seu lugar. Depois da costela que tirara do homem, o Senhor modelou uma mulher e  a trouxe ao homem.  Então o homem exclamou:  Esta sim é osso de meus ossos e carne da minha carne!  Ela será chamada mulher, porque foi tirada do homem.   Por isso o homem deixa seu pai e sua mãe,  se  une à sua mulher, e eles se tornam uma só carne”  (Gn 2, 21).  Homem e mulher são iguais e diferentes.  Entre os dois há uma fortíssima atração.  Dois numa carne.  Assim,  homem e mulher se buscam, se complementam, sentem que são feitos um para o outro.  Há essa peregrinação do masculino para o feminino.  E ao longo de um tempo nada curto  os dois vão construir seu nós conjugal.  Leva tempo para construir o casal!
3. Homem  e as mulheres no casamento passam a ser companheiros de caminhada.  O casamento é fruto de convivência ao decorrer dos tempos  de uma escolha livre.  Normal que  as pessoas se casem para serem amadas.  Não é tão fácil surpreender o momento em que começa, efetivamente, a existir o laço amoroso para além do mero sentimento amoroso.  Nos primeiros tempos e antes do casamento parece predominar esse sentimento amoroso forte e difuso, sensível, quase epidérmico.  Antes do envolvimento dos  corpos há o tempo do conhecimento. Antes do casamento  deveria haver  um tempo de noivado, como sempre houve no passado.  Vai sendo desenhado  um projeto familiar. Há o tempo  das conversas, das clarificações.  A impressão que têm os que se amam é que o amor é  um descentrar-se para centrar no outro ou seja uma construção de valores conjugais moldada na aceitação de acordos e tolerâncias culturais moldada na instrução social e na Palavra de Deus.  Uma moça e um rapaz fazem a experiência de  terem sido escolhidos  por alguém de fora do círculo familiar e   de uma forma forte e única.  Querem e precisam  deixar pai e mãe e seu universo.  Insisto na dimensão de companheirismo.  Duas finalidades  do casamento:  expressão do amor mútuo de um homem e de uma mulher e a procriação. Há essas manifestações carinhosas entre os esposos e, de outro lado, marido e mulher assumem a belíssima missão de serem  colaboradores da obra da criação.  São os gestores da vida.   Para nós, cristãos, tudo ganha uma dimensão de beleza e nobreza do sacramento dos casados: o matrimônio.
4. Nos últimos  cinquenta anos verificou-se a redescoberta do casal.   Tempos houve em que a atenção era dirigida somente para a família.  A impressão que se tinha é que o tempo do namoro e os primeiros tempos de casamento antes da chegada dos filhos eram o único tempo do casal.  Ai o casal se olhava, se degustava. Depois vinham os filhos, serões, trabalhos,  mamadeira, um, dois, três, muitos filhos.  Fraldas, vacinas, filhos com deficiências sérias.  O casal não tinha tempo de se olhar.  Não tinha tempo de se construir casal como casal,  e  não dois seres apenas um ao lado do outro.  Marido e mulher  se “perdiam” na vida familiar:  cozinha, trabalho, ganhar dinheiro, construir a casa, cuidar dos pais  e sogros idosos.  Aos poucos os filhos iam embora e o casal tinha esquecido-se de se amar como casal.  Agora nada têm a se dizer.   Não tiveram tempo de cuidar do casamento.  As pessoas ficavam velhas antes da hora.  O importante eram os filhos e depois os netos. A  sexualidade do casal, ou seja, a qualidade desse envolvimento não era levada em consideração.  As mais das vezes era mesmo descuidada. Não se ousava falar do tema. Os homens conversavam sobre o tema com seus  colegas, meio  pornograficamente.  As mulheres não ousavam abordar.  Poderiam ser vistas como mulheres menos nobres, mulheres da vida. E assim o casal não tinha uma bela vida sexual.
5. Conhecemos um tempo de valorização do casal como  casal. Assistimos a uma valorização da mulher e tentativa de eliminação de todo machismo. Discute-se a relação.  Deseja-se construir o casal e o casamento. A construção requer tempo e dedicação.  Nunca se falou tanto em diálogo conjugal. Os casais não aceitam colocar todas as fichas nos filhos que vivem fora de casa e precisam aprender a voar com as próprias asas.  Com a profissionalização da mulher  nem sempre os filhos são suficientemente atendidos, nem o casal tem tempo para se construir.  Há um estresse também no envolvimento do casal. Mas fica a convicção de que o casal será construído.  Foram surgindo movimentos conjugais que ajudam a construir o laço conjugal.  Marie Noël afirmava: “O amor é trabalho que leva tempo”.
 6. No momento atual  estamos conhecendo mudança de mentalidade na questão do casamento, mudanças que ainda levarão tempo para deitar raízes mais profundas.  A vida conjugal se compreende  como encontro  e relação pessoal, íntima e responsável entre um homem e uma mulher.  O casamento  não é apenas um estado de vida, mas um projeto que se vai construindo.  Parte de uma escolha livre.  É tarefa e desenvolvimento contínuo  baseado na recíproca interação.  Com o casamento   começa o tempo de realização das promessas. O amor dos noivos, emotivo e romântico,  vai se convertendo num amor conjugal, realista e racional.  O “sim”  vai acontecendo no cotidiano. A aliança de amor se apresenta como uma vocação de amor na convivência.
7. O relacionamento conjugal se especifica  pela vida e pelo afeto. Depende de decisões livres tomadas com coragem para que o vínculo não se rompa, para que os laços se tornem fortes.  O sucesso de um casamento se mensura pelo fato de ele poder dar aos dois sentido de vida, alegria existencial,  companheirismo  conjugal  extremamente  delicado.  Não basta estar um  lado do outro. É preciso uma qualidade do estar junto.  Ninguém se casa para ser feliz, mas para viver a aventura do amor.  Cada um terá reservas interiores tais que, aos poucos, sintam que entre os dois se criou uma realidade invisível que é o  laço conjugal.  Nada está garantido.  Tudo está em movimento.  Por isso  será fundamental  construir o casamento.
8. “O processo do encontro matrimonial  é lento e ambíguo. Precisa superar  o comodismo, as feridas,  cansaço, a dificuldade de aprender  com a própria experiência.  O casamento  traz felicidade somente quando é conquista progressiva e aquisição crescente.  O casamento é sólido e forte quando é satisfatório para os cônjuges, mesmo à custa de luta e de esforço”  (Bonifácio  Fernández).  O amor conjugal se insere  num projeto de convivência.  Belíssimo quando o casal chega às bodas de ouro de mãos dadas, tendo feito a experiência de viver juntos o amor conjugal, paternidade, maternidade.  Belo quando como casal  participaram da vida da Igreja, belo quando se tornaram um só corpo e um só coração.  A base de uma família  sólida é um casal que seja casal.
9. Cria-se uma família a partir do amor de um casal.   Para haver uma família se faz mister “construir um casal”.  Casais frágeis não são bom fundamento para a família.  Quanto mais solido o casal, mais chances de êxito. O amor é fundamento do casal e fundamento da família.  “O amor é uma apelo para sairmos de nós mesmos ao encontro  do outro: isso se concretizou em nossas vidas no dia em que ficamos apaixonados. Ficar apaixonado é, antes de tudo, um dom de Deus (…) A  solidão e a incerteza do futuro desaparecem porque uma pessoa nos escolheu, nos amou e nos deu a segurança de que tínhamos necessidade para enfrentar a vida, para curar o passado. Isso nos levou a nos examinarmos em profundidade  com o desejo de oferecer nossa verdade ao outro. O outro, por sua vez,  nos ofereceu seu tempo, seus pensamentos e essa correspondência de amor parece um dom imerecido. O mundo encheu-se  de significado  e nossa vida se unificou  (…). No decorrer dessa caminhada, passamos talvez por crises conjugais às quais se juntaram, quem sabe, problemas  causados pela adolescência e pela puberdade dos filhos; tivemos também problemas de saúde. Depois veio o tempo da dispersão dos filhos: às vezes a casa se enche de filhos e netos, às vezes ela fica vazia. O círculo se fecha e voltamos a ser o casal que éramos no começo, mas com uma bagagem de amor maior, com uma noção mais positiva do sofrimento, com um conhecimento mais fundo do mundo”.
É fácil amar os que estão longe. Mas nem sempre é fácil amar os que vivem ao nosso lado. É importantíssimo que os pais responsáveis pela educação informal de seus filhos não só instruam seus filhos ajudando a construírem valores sociais e cristão mas também sendo exemplo pratico no dia a dia através de suas ações no ceio familiar para que os frutos de seu amor(os filhos ) possam o espelharem para construírem suas famílias com elementos realmente instruídos, alicerçados com valores e verdadeiro caráter cristão e social.
Portanto, pais e mães, educar não impor regras e construção de valores para que nossos filhos possam viver bem na sociedade tanto cristã quanto social. Educar e demonstrar     o nosso caráter cristão e moral na prática para que eles aprendam através dos nossos atos e sejam nossos imitadores como diz Paulo em 1ª  Coríntias 11:1(A R C) cede meus imitadores , como também eu sou de Cristo.  
É grande a importância da família para a construção de uma sociedade estruturada, saudável e equilibrada. Depende do pai e da mãe para construir um futuro melhor para os filhos e o melhor instrumento começa com o exemplo do pai e da mãe.
O tipo de treinamento que os nossos filhos obtiveram no lar, determinará o tipo de pessoa que eles serão no seio da sociedade, determinando o caráter de cada um deles. E no lar que se aprende o respeito pelo próximo, bons, hábitos, amor, lealdade e honestidade. Se isso não existir dentro de sua casa. Não haverá na sociedade onde vivem.
O lar molda o caráter, pode dar o senso de segurança ou não, onde ajudará a criança a desenvolver a sua personalidade. Famílias que sabem o valor da fidelidade primeiro com Deus e depois com o seu próximo, sabe o valor do respeito com o ser humano.

quarta-feira, 20 de março de 2019