terça-feira, 9 de abril de 2013






A LENDA DA PRINCESA SELVAGEM E SUA FAMILIA LOBO.
A muitos e muitos tempos na densa floresta amazônica antes de ser habitada por homens brancos como diz os aborígines, existia um grande castelo e dentro deste castelo havia um grande tesouro jamais explorado pelo homem, e bem próximo daquele castelo havia outra nação desconhecida, por haver muitas riquezas naquele castelo as outras nações sempre estavam em guerra com o povo daquele castelo.
Assim foi ocorrendo por vários milênios até sobrar apenas duas nações. E estas duas nações travaram uma sangrenta guerra, incendiaram o castelo e morreram todos queimados, com exceção de uma pequena princesa com dois anos de idade que foi escondida por sua mãe em uma urna que sobreviveu do incêndio.
Os lobos e outros animais podiam sentir o cheiro de carne assada ao longe e foi alimentar-se das carnes que haviam sobrado naquele castelo, isso é o ciclo de vida de todos os seres vivos.
Quando os animais destroçavam os restos mortais daquele povo, de repente os lobos ouviram um barulho diferente vindo de dentro da urna, ficaram assustados e curiosos com aquela pequena criatura que surgia do nada. A princesa faminta viu ali uma loba que amamentava seus filhotes, entrou entre os lobinhos e saciou sua fome. A loba não se importou por ver aquela minúscula criatura que mau nenhum poderia o fazer adotando aquela criança entre seus filhos amamentando-a e caçando pequenos animais para seus filhotes e a pequena princesa.
A princesa crescia entre seus irmãos lobinhos, fazendo os mesmos gestos, mas, porém com uma ligeira diferença, ela observava os demais animais como os macacos que voavam pelos galhos e cipós das árvores quando os lobos os queriam pega-los.
Seus cabelos eram como um manto brilhoso e azulado que brilhava através da claridade do sol.
Aprendeu a usar o arco, as flechas e a lança assim facilitando a vida de sua família de lobos auxiliando-os na caça para sua alimentação.
À noite ela e seus amigos lobos dormiam dentro do castelo entre peças extremamente valiosas aos olhos de todos os seres gananciosos que havia alem daquele lugar.
A princesa não via valor nenhum naquele tesouro a não serem as lembranças de seus antepassados, ali havia coros, utensílio domestica de ouro e prata, jóias de várias espécies e estátuas dos deuses de seu povo e outra estatua dos deuses de outras nações inimigas que seus antepassados haviam conquistados nas guerras.
Aquela linda princesa selvagem criada pelos lobos ficou sendo a guardiã protetora daquele castelo perdido no esmo da floresta amazônica.
Quando era lua cheia no alto de uma colina próxima aos destroços do castelo podia ouvir o uivo da princesa guardião de seus guerreiros amigos lobos ao longe.
Aos poucos foram aparecendo exploradores como: Os bandeirantes, os Seringueiros, mas a princesa guarnecia aquele castelo. Ninguém conseguia entrar na floresta. Os lobos enfrentavam-nos juntamente com sua líder guerreira. Os exploradores quando viam a jovem quebreira ficavam encantados com sua beleza e coragem e, no entanto ambiciosos para capturá-la e levá-la para seu país e vender por um bom dinheiro.
Muitos homens morreram nessa aventura procurando descobrir o tesouro escondido e querendo capturar a princesa vagem.
As comitivas reunião – se na floresta e quando estava dormindo eram atacados pelos lobos e a princesa levando todos os alimentos e quando reagiam eram devorados pelas feras.
Os aventureiros procuraram todas as formas para adentrar a floresta e encontrarem o tesouro, mas não conseguiam. Começaram a derrubarem a floresta, mas eram atacados pela princesa, os animais e suas ferramentas, eram levadas e jogadas dentro do rio amazonas, nunca mais eram achados.
Nessa floresta havia muitas seringueiras. Os seringueiros adentravam floresta adentro e nunca mais voltavam. Com certeza eram devorados pelas feras.
Com o passar dos tempos foram surgindo os garimpeiros em busca de ouros e diamantes, muitos deles passavam saber da lenda e adentravam floresta adentro e virava comida de lobos.
Chegaram os agricultores naquela região, mas se quer cortavam um cipó, preservando suas vidas daquela malvada jovem guerreira.
Os povos daquela região contam que quando alguém corta um cipó dentro daquela floresta a mata geme e a terra estremece.
Os ribeirinhos contam a seus filhos que até hoje quando alguém derruba uma árvore a floresta geme profundamente pela perca de sua amiga.
Alguns aborígines próximos daquela região até hoje retratam em sua história referente a este tesouro perdido na floresta onde muitos de seus descendentes partiram em busca do mesmo e nunca mais voltaram. Contam eles que naquela floresta existe esta princesa eterna que devora seus inimigos e aprisiona suas almas naquele castelo para nunca mais voltar.
Autor: João do Rozario Lima.

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